Como iniciar um e-commerce em 9 passos (2023)

Em 2020, aproveitei a oportunidade para iniciar um e-commerce que está fazendo grande sucesso, inclusive captamos investimento recentemente. 

A Evah Chás conseguiu em apenas 1 mês mais de 10.000 seguidores no Instagram e faturamos mais de R$100.000,00 no primeiro ano. 

Isso tudo sem precisar investir muito dinheiro para começar.

Neste guia para iniciantes, vou falar e contar minha experiência de como configurar e lançar um negócio de e-commerce sem precisar investir muito dinheiro. 

É possível começar com apenas R$1.000,00. Vou te dar dicas de como começar com pouco dinheiro e fazer o seu e-commerce crescer rapidamente.

Como iniciar um e-commerce em 9 passos:

1 – Pesquise produtos para vender online

2 – Escolha seu modelo de negócio de e-commerce

3 – Valide sua ideia de produto

4 – Cadastre e constitua sua empresa

5 – Obtenha seus produtos

6 – Crie um plano de negócios

7 – Escolha sua plataforma de comércio eletrônico e lance sua loja

8 – Direcione tráfego para seu negócio de comércio eletrônico

9 – Gere vendas e meça resultados

Quando terminar de ler, você saberá o que é necessário para lançar e administrar uma loja online de sucesso.

Vamos começar?

1. Pesquise produtos para vender online

Antes de iniciar o seu e-commerce, caso você já não venda produtos fisicamente ou não tenha experiência, o primeiro passo é pesquisar que produtos você vai vender.

Para ter sucesso com pouco dinheiro, você precisa vender um dos dois tipos de produto:

• Um produto de alta demanda em um nicho em crescimento.
• Um produto comoditizado de alta qualidade.

Produtos de nicho

Os produtos de nicho atendem a uma base de consumidores muito específica.

Em vez de uma centena de linhas de produtos diferentes, você escolhe um item de alta qualidade – talvez com várias variantes – e desenvolve uma estratégia de marketing direcionada.

Por serem exclusivos e desejáveis, os produtos de nicho tendem a ter preços maiores e geralmente têm margens de lucro bastante elevadas.

Os produtos de nicho podem ser únicos (cachepôs para plantas ou uma peça de cerâmica feita à mão) ou pequenos lotes (bolsas de couro feitas à mão, conservas sazonais).

Também podem ser negócios de produto único como começou a Sallve, por exemplo. No início era só um produto e hoje ainda é o mais vendido no site. 

No caso da Sallve é uma fórmula própria. No começo você pode comprar um produto pronto e revender que é o mais fácil para começar.

Mas, você também pode terceirizar a produção de um produto próprio, nesse caso você agrega mais valor a sua marca e se torna mais diferenciado sem precisar investir muito dinheiro no processo de criação e fabricação.

Produtos Comoditizados

Os produtos comoditizados são produtos digitais ou físicos essenciais ou de alta demanda com uma ampla base de consumidores existente. 

Resumindo, são coisas de que todos precisam. Em geral, os produtos comoditizados representam a maioria das vendas de comércio eletrônico B2C. 

Eles são comuns e a competição é feroz, então os varejistas eletrônicos frequentemente ajustam os preços para ficar à frente dos rivais do setor.

Alguns tipos de produtos comoditizados são: carregadores, panelas, tênis, programas de software, roupas, brinquedos infantis – você escolhe. 

Curiosamente, a comoditização geralmente começa com um produto genuinamente inovador, que se torna popular; outras empresas começam a imitar o produto original e estabelecem a concorrência. 

A empresa de calçados Yuool e a empresa de café/suplemento Caffeine Army são duas empresas no mercado de produtos comoditizados.

Muitas startups de e-commerce de sucesso vendem uma mistura de produtos de nicho e commodities. Seus produtos de nicho fazem com que se destaquem, enquanto os produtos comoditizados escolhidos a dedo adicionam volume às suas lojas online. 

Mas, para se destacar nesses mercados hipercompetitivos é preciso criar uma marca e ter um storytelling para que as pessoas se sintam parte e se conectem com a empresa, além de produtos incríveis. 

Foi o que fizemos na Evah, pesquisamos um produto que faz sucesso nos EUA e na Europa e não tinha no Brasil. 

Com um produto inovador aqui no Brasil, o saquinho piramidal para chás e uma proposta de saudabilidade, sustentabilidade e preocupação com o social, a marca conseguiu se diferenciar de outras marcas e conquistar o coração das clientes.

Como escolher seus produtos

Talvez você já tenha uma ideia completamente única – talvez você seja um inventor ou designer com um protótipo de produto funcional. 

Se sim, ótimo. Se não, não se preocupe. 

Você não precisa inventar a próxima grande novidade para iniciar uma loja de e-commerce de sucesso.

Em vez de se preocupar com inovações revolucionárias, pense no que os clientes desejam e no que você pode oferecer a eles.

As dicas a seguir podem ajudá-lo a ter uma ideia sólida de produto de nicho para vender online :

• Todo problema tem uma solução: a inovação geralmente começa em casa. Você pode criar soluções comercializáveis ​​(produtos ou serviços) para resolver problemas que você encontra regularmente?
• Encontre sua paixão: você está prestes a investir muito tempo e esforço em seu novo negócio, então precisa garantir que ele seja baseado em algo no qual você possa continuar interessado.
• Descubra o potencial da marca: a marca é vital no e-commerce. Como você vai posicionar o seu produto? Quem será o seu público-alvo e como você irá se conectar com ele?
• Entenda o seu cliente: por exemplo, as pessoas gastam muito dinheiro nas coisas que amam. Se você conseguir explorar as paixões dos consumidores com um produto incrível, quase certamente construirá uma base de clientes.
• Fique de olho nas oportunidades: os empreendedores mais bem-sucedidos procuram constantemente lacunas no mercado. Preste atenção às mudanças sociais e você verá as tendências de consumo antes que elas se materializem. Você pode até mesmo ajudá-los a se manifestar.
• Entre no trem das tendências o quanto antes: por falar em tendências – se você notar uma tendência de produto atraente, embarque nela logo. Quanto mais cedo você entrar em um mercado emergente, maior será a probabilidade de ser visto como uma parte original da indústria. Marcas “autênticas” obtêm uma fatia maior do bolo.
• Mercados de nicho à vista: mencionei a Sallve anteriormente porque é um bom exemplo de ideia de nicho. Eles identificaram um problema e criaram uma solução única para as suas clientes.

Com sorte, você terá uma lista de produtos ou serviços quando terminar o brainstorming. 

Em caso afirmativo, tente identificar os principais concorrentes de cada produto. Se você se encontrar no meio de um campo superlotado, passe para a próxima ideia – e a próxima – até encontrar um nicho menos concorrido. 

Em seguida, decida com qual produto você deseja ir.

2. Escolha seu modelo de e-commerce

Você já sabe o que quer vender – agora você precisa descobrir onde vender.

Existem dois principais modelos de negócios no e-commerce: empresa para consumidor, empresa para empresa. Vejamos de perto cada classificação:

Negócios para Negócios ou Business to Business (B2B)

As empresas de e-commerce B2B vendem produtos para outras empresas.

Ocasionalmente, o comprador comercial também é o usuário final (papelaria, produtos para escritório, móveis).

A maioria das transações B2B, no entanto, giram em torno de estoque, componentes ou matérias-primas no atacado.

De modo geral, os empreendimentos de e-commerce B2B têm ciclos de vendas mais longos. Os negócios de alto risco podem levar meses porque as vendas complexas geralmente exigem a aprovação de superiores.

Em troca de paciência e persistência, você recebe pedidos de alto valor e compras recorrentes.

Eu, particularmente, prefiro vender direto para o consumidor.

Negócios para Consumidores – Business to Consumer (B2C)

Simplificando, B2C é o e-commerce de varejo tradicional. Seus clientes são pessoas normais e você vende produtos ou serviços a preços de varejo.

Algumas empresas B2C vendem produtos físicos, enquanto outras vendem software de computador ou aplicativos para celulares. Ainda assim, outros vendem vários tipos de assinaturas recorrentes.

O e-commerce B2C tem um ciclo de vendas curto porque os riscos não são tão altos. A maioria das transações envolve um consumidor em vez de toda a diretoria executiva.

As empresas B2C geralmente têm valores médios de pedido (Ticket Médio) mais baixos do que as empresas B2B, mas realizam um número maior de vendas.

Novos modelos de negócios

Direto ao consumidor (D2C)

As marcas diretas ao consumidor vendem produtos aos consumidores sem passar por um intermediário. Alguns deles fabricam seus produtos, enquanto outros criam uma cadeia de suprimentos e terceirizam o processo de produção.

As empresas D2C maximizam as margens de lucro recusando-se a vender produtos no atacado.

Como se comunicam e vendem diretamente aos consumidores, as empresas D2C mantêm muito controle sobre a experiência do cliente (CX). Como resultado, eles tendem a crescer rapidamente e construir bases de fãs leais.

Foi assim que a Evah começou, vendendo apenas direto para o consumidor. 

Para nós foi fundamental no começo para nos conectarmos melhor com as clientes e oferecermos uma experiência incrível e além disso, conseguimos identificar quais os sabores que as pessoas mais gostam e porque estão tomando os nosso chás.

Nós abrimos para vender para empresas na Evah, por conta principalmente do alto custo de frete para todo o Brasil. E, gostaríamos de possibilitar que mais pessoas possam experimentar os nossos chás e possam ter seus momentos de autocuidado com a Evah.

Outra marca que está nesse modelo é a Dr. Jones vende aparelhos de barbear e outros produtos focados no público masculino. Eles estão conseguindo se diferenciar e concorrer com grandes marcas como a Gillette.

Dropshipping

Dropshipping é um modelo de negócio de e-commerce um pouco controverso. 

Você vende uma seleção de produtos em seu site como um varejista, enquanto seu fornecedor de dropshipping gerencia o processo de envio e atendimento do pedido. 

Embora não dê a você tanto controle sobre sua marca e atendimento ao cliente, é uma boa maneira de testar novas ideias de produtos enquanto corta os custos de envio e o dinheiro gasto no armazenamento de estoque.

A principal pergunta que escuto é:

Dropshipping é legal? É crime?

Dropshipping não é crime. É possível fazer dentro da lei, para isso você precisa ter empresa e buscar uma assessoria jurídica e contábil para auxiliar na formatação do negócio.

Você não pode intermediar a venda de mercadorias, lucrar e não pagar imposto.

Então, se você for seguir por essa linha, busque conselhos de especialistas para não entrar numa furada.

Serviços de assinatura

Os serviços de assinatura transformam clientes ocasionais em clientes recorrentes, oferecendo preços especiais em pedidos recorrentes: no Brasil um grande case de sucesso é a Wine. 

Além disso, muitas empresas combinam serviços de assinatura com outros modelos de receita de negócios.

Print on demand

Esse modelo é bem popular fora do Brasil. Mas, a Reserva está fazendo um movimento incrível aqui que se chama Reserva Ink.

O Print on Demand é um modelo de negócios onde os produtos são produzidos e enviados apenas após uma compra ter sido feita no site. 

Ou seja, não há estoque de produtos finalizados, os produtos são literalmente impressos após a compra e depois são enviados aos clientes finais.

Você consegue com custos muito baixos algo como R$99/mês ter sua própria loja de roupas. Você pode testar gratuitamente.

Se você tem dons artísticos pode desenhar as artes ou caso não tenha, pode contratar freelancer ou artistas locais para fazer essa parte para você.

É um modelo bem interessante, caso você tenha interesse.

3. Valide sua ideia de produto e se concentre em seu mercado-alvo

Você precisa encontrar o público mínimo viável para validar a sua ideia.

Se você quiser alcançar todo mundo logo de cara, provavelmente não vai alcançar ninguém. 

O marketing mudou e agora não se anuncia mais para as massas. E sim para grupos específicos de pessoas. 

Eu acho incrível a visão do Seth Godin de como fazer isso. 

Ele diz para você encontrar 10 pessoas. 

10 pessoas que precisam de você tem para vender e se elas gostarem, elas vão contar para mais pessoas. Assim você repete e processo e consegue, quem sabe alcançar e fazer a diferença para muitas pessoas.

Bom e se essas pessoas não gostarem, você pode ajustar o seu produto ou buscar outro.

Assim é possível criar uma evolução gradual que poderá gerar uma grande onda.

Pensar assim, muda tudo. Você só pode impactar as pessoas que querem isso. Não pense em vender para todo mundo, foque nesse pequeno grupo de 10 pessoas.

Se as pessoas gostarem muito do seu produto, sua ideia vai se espalhar e o seu negócio vai crescer. 

4. Crie sua estrutura de negócios e cadastre sua empresa

Para começar a sério, você precisa escolher uma estrutura de negócios e registrar sua empresa. Isso é muito importante!

Eu não sou especialista em contabilidade mas possuo uma ótima assessoria contábil que faz um trabalho incrível para mim.

Pode parecer que tudo é muito complicado e que é muita burocracia. Tendemos a pensar que tudo é muito demorado e não funciona no Brasil.

Mas, não é bem verdade. Para quem está começando, é possível abrir um MEI. É incrível essa modalidade por ser ágil e desburocratizada.

Quando comecei fiz um MEI e foi muito simples. 

Então, se você está começando com pouco dinheiro, estude sobre o MEI. É rápido, simples e você fica regularizado.

Bom, se você está começando o e-commerce com mais pessoas ou com mais dinheiro. Nesse caso, vale a pena fazer uma Empresa no Simples ou ir para modelos mais complexos. 

Se você precisar de ajuda pode entrar em contato com a Axis, que é a empresa que faz a contabilidade para mim. Com certeza, eles vão conseguir ajudar você.

Identificando Sua Empresa

A marca visual é um tópico complexo digno de seu próprio artigo, mas vamos examiná-la resumidamente aqui. Para tornar sua empresa memorável e criar consciência de marca, você precisa criar um logo e cores de marca complementares que permaneçam iguais em todos os seus canais de vendas.

Você mesmo pode criar um logo ou usar um designer freelancer para obter um resultado profissional.

Em ambos os casos, considere o seguinte ao promover a marca de sua empresa:

• Relevância: Seu logo deve ser intencional; deve informar instantaneamente aos clientes o que sua marca oferece.
• Simplicidade: não seja muito inteligente ou complexo – os clientes precisam ser capazes de se lembrar do seu logotipo.
• Versatilidade: você precisa de um logo para usar em seu site ou em um outdoor. Tem que ser escalonado para cima e para baixo sem perder integridade ou significado.
• Exclusividade: seu logo deve ser exclusivo o suficiente para que os consumidores possam associá-lo ao seu negócio.

Os melhores logos do mundo são inconfundíveis, mesmo quando você remove todo o texto periférico; até mesmo as crianças reconhecem o logo do McDonalds. 

Uma marca que fez uma grande mudança no seu logo e ficou fantástico foi o AIRBNB.

Depois de ter um logotipo com o qual você está satisfeito, use suas cores para influenciar o resto de sua marca visual, incluindo o design do site, materiais de embalagem, e-mails de marketing e anúncios.

Mas atenção, não perca tanto tempo nessa parte. É comum as pessoas ficarem travadas nessa parte, saiba que se precisar você pode mudar depois. 

5. Obtenha ou fabrique produtos para sua loja de e-commerce

Existem três maneiras principais de obter produtos: produção artesanal, atacadista ou fabricante e dropshipping. Muitos varejistas online combinam métodos para alcançar um fluxo de renda equilibrado.

Produtos artesanais

As pessoas fabricam e vendem produtos há milhares de anos. Hoje em dia, você pode vender itens feitos à mão em todo o mundo pela internet.

Os custos iniciais de um produto artesanal tendem a ser baixos, mas você dedica muito do seu próprio tempo para compensar. Por outro lado, você tem controle total sobre o processo de produção e a experiência do usuário e pode ajustar os projetos no local se os produtos não tiverem um desempenho ideal.

Conforme você dimensiona seu negócio, pode decidir formar uma aliança com uma empresa de manufatura para criar produtos em massa.

Se você escolher o artesanal, lembre-se de:

• Organize uma cadeia de suprimentos confiável para os materiais de origem
• Determine as opções de envio com antecedência; você vai contratar um remetente ou enviar os itens você mesmo?
• Descubra seu cronograma de produção
• Pense em onde você armazenará seu inventário

Na Evah fazemos os nossos chás de maneira artesanal. E, com isso conseguimos fazer algo muito especial e que se destaca no mercado.

Os chás são escolhidos manualmente e todo o processo é feito com muito carinho e atenção, resultando em um produto com qualidade superior.

Uma coisa que fazemos que acredito que é muito importante, é cuidar quem são os fornecedores da matéria prima. É importante ter atenção a isso e pode ser um diferencial seu também.

Na Evah, compramos de pequenos produtores e de pessoas que produzem de forma sustentável e integrada. Isso é fundamental para mim.

Atacadista ou fabricante

Se você estiver pronto para fabricar e enviar produtos em maior escala, considere usar um atacadista ou fabricante como fonte do produto.

Vamos examinar as duas opções com um pouco mais de detalhes:

Atacadistas

Os atacadistas vendem produtos de marca a granel. Eles também vendem produtos de marca branca a granel. Você aplica sua marca e revende mercadorias genéricas para seus clientes.

Se você preferir se concentrar no marketing e na expansão do seu negócio, em vez do desenvolvimento de produtos, pode economizar tempo e dinheiro com um atacadista.

Fabricante

Se você tem um protótipo de produto ou deseja expandir seu negócio, pode fazer parceria com um fabricante. As empresas de produção no Brasil e no exterior criam produtos de marca própria para seus clientes.

Alguns fabricantes ajudam os empreendedores a criar novos produtos e gerenciar o processo de desenvolvimento do início ao fim.

Se você decidir trabalhar com um atacadista ou fabricante, considere o seguinte:

• Veja as referências da empresa
• Obtenha uma estimativa de custo de produção
• Pergunte sobre as quantidades mínimas de pedido
• Obtenha uma estimativa de tempo de fabricação
• Reveja as opções de frete
• Examine os contratos com cuidado
• Informe-se sobre garantias e suporte pós-venda

Dropshipping

Se você não tem uma ideia exclusiva para o produto e prefere não trabalhar com um fabricante ou armazenar mercadorias, o dropshipping pode ser uma opção. Principalmente para validar uma ideia.

Quando você faz parceria com um fornecedor de dropshipping, você se torna um distribuidor de varejo. Você lista a mercadoria do atacadista em seu site, e o fornecedor cria produtos e envia pedidos em seu nome.

Dropshipping tem uma margem de lucro menor do que a revenda de marca branca ou marca própria, mas é um modelo de negócios rápido e fácil.

Por exemplo, um artista que vende e envia pinturas exclusivas de casa também pode vender reproduções e canecas de marca por meio de um dropshipper.

6. Crie seu planejamento do e-commerce

Reserve algum tempo para pensar no futuro antes de mergulhar no fundo do poço. Aproximadamente 50% dos novos negócios falham em quatro anos, geralmente porque não planejam com antecedência.

Escrever um planejamento pode fornecer uma compreensão mais profunda de sua oferta exclusiva e ajudá-lo a:

• Encontre os recursos de que você precisa para administrar seu negócio
• Descubra o que seus concorrentes estão fazendo
• Identifique oportunidades no mercado
• Identifique seu mercado-alvo
• Visualize o futuro da sua empresa

Você pode usar o seguinte esquema para criar sua própria estratégia:

Sumário executivo

Um sumário executivo condensa sua ideia de negócio em alguns parágrafos. Ele está na frente de seu plano de negócios e informa aos leitores sobre:

• O que sua empresa faz.
• Seus objetivos de negócios.
• Os produtos ou serviços que você vende.
• Seu mercado-alvo.
• Seus canais de vendas.
• Sua estratégia de monetização.

É quase certo que você escreverá seu sumário executivo por último. Isso lhe dará a chance de digerir todas as outras partes de seu plano de negócios antes de fornecer uma recapitulação.

Visão Geral da Empresa

É aqui que você fornece aos leitores uma visão geral realmente completa da empresa. Esta seção começa com o nome da empresa antes de passar para a estrutura de negócios e nome de domínio.

Comece pelo porquê da sua empresa. Depois disso, você escreverá uma breve declaração de missão e, em seguida, esclarecerá sua visão para a empresa.

Escreva algumas informações básicas sobre sua ideia de negócio e proposta de valor exclusiva e, em seguida, finalize com uma lista dos principais concorrentes.

Análise de mercado

Você pode mostrar o que sabe sobre sua base de consumidores-alvo na seção de análise de mercado. 

As análises competitivas ajudam a entender seus concorrentes para que você possa ganhar terreno no mercado.

Eles fazem isso identificando e listando os itens de cada concorrente:

• Nome de domínio e quantidade de tráfego do site.
• Modelo de negócios e recursos do produto.
• Estratégia de preços do produto.
• Declaração de missão e visão.

Esta seção termina com um parágrafo detalhando como você pretende tornar sua empresa uma líder do setor.

Você pode fazer isso de três maneiras principais:

• Segmentação de clientes: você oferecerá produtos de alta qualidade em um nicho de mercado de tendência.
• Liderança de custos: seus produtos são mais baratos do que os oferecidos por seus concorrentes.
• Diferenciação: você oferece um produto exclusivo ou uma versão muito melhor do produto de um concorrente.

Produtos e serviços

É aqui que você entra em detalhes sobre seu produto ou serviço. Diga mais sobre as mercadorias que você vende ou o serviço que oferece; se você vende muitos produtos diferentes, escreva em termos gerais sobre seu estoque e por que sua empresa se diferencia.

Plano de marketing

Nesta seção, você falará aos leitores sobre suas estratégias de marketing. O segmento começa com uma análise de seu orçamento de marketing e continua com uma lista dos canais de marketing que você pretende usar para promover seu negócio. Os canais de marketing se enquadram em duas categorias principais:

• Canais de marketing orgânico: táticas de otimização de mecanismos de pesquisa (SEO), marketing de conteúdo, páginas de mídia social e redes de blogueiros direcionam o tráfego orgânico para seu site. Os canais de marketing orgânico são baratos, agregam valor ao longo do tempo e ajudam a elevar o nome da sua marca.

• Canais de marketing pago: os canais de marketing pago obtêm resultados rapidamente, o que os torna uma escolha atraente para empresas que buscam decolar. Anúncios de pagamento por clique (PPC), anúncios de mídia social, marketing de influenciador e marketing de afiliados custam dinheiro, mas produzem muitos leads.

Plano de Operações e Logística

Seu plano de operações e logística cobre tudo que você precisa para administrar fisicamente sua empresa. Espaço para escritórios, necessidades tecnológicas, pessoal e necessidades de armazenamento se enquadram nesta categoria.

Não se esqueça de incluir detalhes sobre:

• Sua cadeia de suprimentos.
• Seu plano de produção.
• Opções de envio e atendimento.
• Onde você armazenará o inventário.

Esta parte do seu plano de negócios ajuda os investidores a entender as despesas diárias associadas ao seu e-commerce.

Plano financeiro

Você precisará de capital para manter seu e-commerce em funcionamento. Se você não tiver recursos iniciais em mãos, precisará de investidores. 

Você precisa convencer os financiadores e credores em potencial de que você pode lidar com dinheiro e que tornará seu negócio lucrativo.

A maioria dos planos financeiros inclui:

• Uma declaração de renda: uma análise de todas as fontes de receita e todas as suas despesas em um determinado período de tempo.
• Um balanço: uma lista dupla de todos os seus ativos e passivos, culminando no patrimônio líquido.
• Uma declaração de fluxo de caixa: uma declaração de receitas e despesas em tempo real, indicando quando o dinheiro entra e quando sai.

Com o plano de negócios certo em mãos, você achará muito mais fácil encontrar investidores.

7. Construa sua loja de e-commerce

Você validou suas ideias de produto, registrou sua empresa e fez o planejamento – agora é finalmente hora de construir seu site.

A maioria dos varejistas e atacadistas online escolhe as plataformas de vendas como serviço (SaaS) porque são simples de usar e oferecem ferramentas de criação de sites e plataformas de e-commerce.

Existem muitos provedores de SaaS – e alguns são melhores do que outros. Antes de escolher um, comece com uma avaliação gratuita para testar seus recursos.

Lembre-se de procurar os seguintes recursos ao decidir sobre sua plataforma de e-commerce:

• Excelente velocidade e tempo de atividade.
• Um ótimo construtor de sites no produto.
• Temas gratuitos e fáceis de usar.
• Design de site responsivo .
• Uma extensa app store cheia de plugins confiáveis.
• URLs totalmente personalizáveis.
• Promoções, descontos, análises e outros recursos de marketing
• Suporte ao cliente por telefone, e-mail e chat ao vivo 
• Um catálogo de produtos ilimitado
• Baixas taxas de transação e baixas taxas de processamento de cartão de crédito.

Shopify

Shopify é uma grande plataforma de e-commerce. O Shopify foi lançado em 2004 e se tornou um SaaS proeminente muito rapidamente. As vantagens da plataforma incluem recuperação de carrinho abandonado, SSL de site gratuito, ferramentas de marketing e atendimento ao cliente.

Proporciona muita estabilidade para o e-commerce, existem milhares de plugins. É uma ferramenta muito intuitiva que permite muita personalização e é possível gerar muitos dados e relatórios que fazem toda a diferença.

Além disso facilita para vender em outros países.

O Shopify tem algumas desvantagens. Principalmente por não ser brasileira, você vai precisar fazer algumas integrações e utilizar plugins ou outros softwares para complementar.

E, o fato de ser em dólar também encarece um pouco.

SEO também é uma pequena deficiência. Você não pode criar sua própria estrutura de URL personalizada e é forçado a usar o formato Shopify.

No geral, eles são uma ferramenta de site de e-commerce excelente e fácil de usar, ideal para quem está começando.

Shopify é bom?

Sim, é muito bom. Uma das melhores do mundo. Eu escolhi o Shopify por ler muitos artigos dos EUA e por ser uma plataforma que vários empreendedores que eu acompanho utilizam. 

E, tenho gostado muito. É uma plataforma incrível e possibilita que você faça uma pequena loja e possa continuar crescendo. Aqui no Brasil outras marcas que utilizam o Shopify são a Sallve e a Pantys.

Loja Integrada

A Loja Integrada traz uma solução para você criar o seu e-commerce de forma simples. É uma plataforma brasileira que tem mais de um milhão de lojas criadas.

Assim como no Shopify é possível personalizar e comprar templates o que proporcionam que você possa ter a loja no seu estilo.

Se você não sabe nada de inglês, talvez valha a pena começar com uma plataforma brasileira.

Uma vantagem que eu vejo nas plataformas brasileiras é que já estão mais adaptadas para as soluções de pagamento que só existem no Brasil como o boleto e o PIX.

A Loja Integrada é bom?

A Loja integrada é uma boa solução para quem está começando um pequeno e-commerce, muito fácil de começar e bem intuitiva. 

Eu acredito que para quem está começando e não tem conhecimento de inglês e está bem no básico de conhecimento de e-commerce.

Se você crescer muito a sua loja provavelmente vai precisar migrar para uma solução mais robusta.

Tray

A Tray é outra plataforma que você pode criar o seu e-commerce e personaliza-lo. Ela pertence ao grupo Localweb.

Acredito que é uma das maiores plataformas se não a maior do Brasil e possui mais de 18 anos, o que é bem incrível.

A Tray não é tão intuitiva quanto a Loja Integrada mas não é difícil de utilizar.

A grande vantagem que eu vejo na Tray são as integrações diretas com os marketplaces, assim você pode vender facilmente por vários canais e controlar tudo de apenas um lugar.

Além disso eles possuem várias integrações logísticas que também facilitam muito no operacional do e-commerce.

 A Tray é bom?

Sim, é uma ótima solução. Mais robusta que a loja integrada e que proporciona fácil integração com os marketplaces.

Se você está pensando em vender por vários canais, como o Mercado Livre, B2W, Magazine Luiza… E quer uma solução brasileira, essa pode ser uma ótima escolha. 

8. Direcione tráfego para sua loja online

O lançamento de um site de e-commerce é fácil. O desafio surge quando você precisa direcionar o tráfego para ele. Abordaremos táticas de marketing digital pagas e gratuitas para aumentar o tráfego do seu site – e as vendas.

Canais de marketing orgânico

Canais de marketing orgânico levam tempo para construir tração, mas criam o retorno sobre o investimento (ROI) de longo prazo mais interessante.

Algumas das melhores táticas para marketing orgânico incluem:

• Otimização do mecanismo de pesquisa (SEO): palavras-chave relevantes incluídas no texto da página, descrições de produtos e outros conteúdos do site aumentam as classificações do mecanismo de pesquisa.
• Marketing de conteúdo: inclui iniciar um blog em seu site, otimizar postagens de blog
• Páginas de redes sociais: crie páginas no Facebook e Instagram pelo menos.
• Link Building: é muito difícil obter tráfego do Google sem muitos links relevantes de alta qualidade para o seu site. Essas estratégias de construção de links incluem guest post e PR digital.
• E-mail Marketing: o email é um grande canal de marketing para empresas de e-commerce. Você deve escolher um serviço de marketing por e-mail que permite criar pop-ups de e-mail, enviar e-mails de carrinhos abandonados, criar séries de e-mails de boas-vindas (que incluem descontos) e enviar e-mails de marketing direcionados e ricos em imagens para promoções.

Canais de marketing pagos

Os canais de marketing pagos produzem resultados rápidos, por isso são uma escolha popular tanto para empresas iniciantes como para empresas de grande orçamento.

Embora proporcionem ganhos rápidos de marketing online, eles normalmente têm um ROI mais baixo do que as táticas gratuitas.

Aqui estão alguns dos principais canais de aquisição pagos para marcas de e-commerce:

1. Marketing de influência: influenciadores de mídia social no Instagram, Facebook, TikTok e outras plataformas promovem seus produtos por uma taxa. 
2. Publicidade paga por clique (PPC): você configura anúncios PPC com o Google e paga cada vez que alguém clica em seus anúncios. Isso também pode incluir anúncios do Google Shopping, que sincronizam com seu catálogo de produtos e os disponibilizam na plataforma do Google Shopping.
3. Anúncios de mídia social: os anúncios de mídia social pagos no Facebook podem direcionar novos clientes em potencial e redirecionar os visitantes anteriores do site. Uma das melhores estratégias de anúncios do Facebook é usar seus anúncios de remarketing. Esses anúncios são exibidos para usuários do Facebook e Instagram que visitaram as páginas de seus produtos e destacam exatamente os mesmos produtos que viram em seu site. Você também pode vender diretamente no Facebook com listas de produtos.

As estratégias de marketing mais eficazes usam uma combinação de diferentes canais para capturar consumidores e gerar conversões.

9. Meça o sucesso do e-commerce

Ferramentas de análise de e-commerce, como o Google Analytics, ajudam você a entender como os visitantes chegam ao seu site e o que fazem quando chegam lá. 

Você pode usar os dados que obtém da análise para otimizar as descrições dos produtos e o conteúdo da página para que mais visitantes se transformem em clientes.

Plataformas de comércio eletrônico SaaS, como o Shopify, oferecem a integração do Google Analytics. 

Além do Google Analytics eu utilizo a própria plataforma do Shopify que proporciona muitos dados.

Principais métricas e indicadores-chave de desempenho (KPIs) que eu utilizo para analisar a performance do meu e-commerce:

• Ticket médio dos pedidos: o valor médio de todos os pedidos feitos em seu site.
• Abandono do carrinho de compras e finalização da compra: quantas pessoas adicionam produtos aos carrinhos, mas saem do site sem iniciar – ou concluir – o processo de finalização da compra.
• LTV: significa em inglês Lifetime value, em português é o “Valor vitalício”, o que é isso? É quanta receita o cliente produzirá para sua empresa durante todo o curso de seu relacionamento com ele.
• Taxa de Retenção: é a sua capacidade de reter os clientes assim que você os conquista.
• NPS: Net Promoter Score (NPS) é uma pesquisa que mede a probabilidade de seus clientes recomendarem seus produtos ou serviços a um amigo. O NPS é normalmente determinado através do envio de uma pesquisa a uma amostra representativa de sua base de clientes, perguntando-lhes qual a probabilidade de eles recomendarem sua marca em uma escala de 1 a 10.
• Taxa de Conversão: a taxa de conversão é determinada simplesmente dividindo o número de conversões (aqueles que realizaram a ação que você desejava) pelo número total de visitantes que tiveram a oportunidade de realizar a ação. Para você ter uma ideia, a taxa de conversão média nos EUA para e-commerce é de 2,6%.
• Sessões: o número de vezes que as pessoas veem seu site.
• Canais de Aquisição: é a análise de onde estão vindo os clientes. Eles estão vindo do Google, Facebook, Instagram, E-mail, entrando diretamente? Esse tipo de análise vai proporcionar que você passe a investir no canal que está trazendo mais resultado.
• CAC: é custo de aquisição do cliente. É o valor total que você normalmente gasta para atrair um novo cliente. 

Conclusão

É preciso determinação e dedicação para criar um e-commerce de sucesso. Você também precisa de um ótimo produto em um nicho em crescimento, um planejamento, uma ótima plataforma e uma estratégia de marketing.

Isso pode parecer muito trabalhoso – e é – mas se você dividir as metas em tarefas gerenciáveis, criará um e-commerce do qual pode se orgulhar.

Que tipo de negócio de e-commerce você planeja lançar? Você está enfrentando algum desafio? Me conte aqui nos comentários abaixo.

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